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Queda de Cabelo


Existem várias situações que podem proporcionar a queda de cabelo. A queda de cabelo pode ser localizada ou difusa. As causas podem ser genéticas ou adquiridas e os tipos mais comuns de queda de cabelo são a alopécia androgenética, alopécia areata e o eflúvio telógeno e anágeno. Fatores raciais e culturais onde a moda dita padrões de beleza estão diretamente envolvidos.

Cabelo afro-americano


É único em seu formato e estrutura, e devido a sua característica muito retorcida, são usados muitos produtos para tratar e alisar, levando a uma série de problemas. Quando ocorre na linha do cabelo pode ser por escovação muito forte e repetida (alopécia de tração). Agentes alisantes potentes, escovas e produtos de cabeleireiro também podem danificar os fios. Dermatologistas recomendam mudanças de corte de cabelo quando houver tolerância para que não haja comprometimento do cabelo ou do couro cabeludo. Na maioria dos casos quando essa agressão ocorre o cabelo pode crescer novamente.

Alopécia androgenética


Afeta pelo menos 50% da população por volta dos 40 anos de idade em homens e uma década mais tarde em mulheres. Os cabelos terminais são substituídos por fios de cabelo mais finos e mais curtos na parte superior do couro cabeludo, com escassez relativa nas partes posterior e lateral. Esse processo começa nos homens em qualquer época após a puberdade, com recessão capilar bitemporal, queda de cabelos no vértice, e a seguir afinamento na parte frontal. Em mulheres, o afinamento difuso envolve a parte superior do couro cabeludo, deixando a linha capilar frontal intacta. Histologicamente, a alopécia androgenética evidencia diminuição dos pelos terminais, pelos velos, e fios de cabelo em fase telógena, com inflamação significativa em 40% dos casos.

Eflúvio telógeno e anágeno


A queda de cabelo nesta situação implica na troca generalizada de fios nas regiões posteriores, laterais e da parte superior do couro cabeludo. Na fase aguda, os testes de puxar o cabelo são positivos em todo o couro cabeludo. No eflúvio telógeno, os fios extraídos apresentam raízes despigmentadas em forma de taco e nenhuma bainha de raiz, mas no eflúvio anágeno, apresentam redução gradual proximal com uma fratura. A histopatologia do eflúvio telógeno é similar à de um couro cabeludo normal, exceto pelo aumento no número de fios de cabelo em fase telógena observados durante perda capilar ativa; muitos pelos terminais estão presentes, com poucos pelos velos. As alterações inflamatórias são similares às dos controles normais. Queda intensa de cabelos podem ser por várias causas como: pós-parto, interrupção do uso de pílulas anti-concepcionais ou de reposição hormonal, infecções e doenças acompanhadas de febre alta, traumas físicos e/ou emocionais, pós-operatório, doenças da tireóide, deficiências nutricionais (ferro, zinco e proteínas) ou dietas muito restritivas (com ou sem medicamentos). Geralmente a queda de cabelos se inicia 2 a 4 meses após o fator desencadeante, por exemplo, após o parto, uma das causas mais frequentes. A queda pode ser bastante intensa assustando o paciente que se vê diante de um grande número de fios de cabelos soltos após penteá-los, durante a lavagem ou no travesseiro, ao acordar pela manhã. Considerando-se que a queda de cerca de até 100 fios por dia é considerada normal, o número de fios que caem deve ser maior que este. A doença não se acompanha de nenhum outro sintoma, mas pode estar associada a outras doenças, como a dermatite seborréica (foto abaixo) que, quando intensa, também pode ser um fator desencadeante do eflúvio telógeno. Normalmente, a queda dos cabelos se resolve espontaneamente em 3 a 6 meses. Se persistir por um período maior do que esse, algum fator não diagnosticado pode estar mantendo o eflúvio ativo. O tratamento consiste na correção das causas, quando forem detectadas deficiências alimentares ou alterações emocionais. Dietas ricas em proteínas e certas vitaminas vão ajudar. Deve-se controlar doenças que estejam associadas. O dermatologista também pode indicar medicamentos para serem aplicados diretamente no couro cabeludo, visando controlar o processo e estimular o crescimento de novos fios. É importante lembrar que a queda ocorre rapidamente mas o crescimento de um novo fio é demorado, crescendo cerca de 1 a 2cm por mês. Por isso, o resultado terapêutico a ser esperado é a volta da queda a um número de até 100 fios por dia. A recuperação e crescimento dos cabelos serão percebidas de forma gradativa.

Cabelos quebradiços


Muitas vezes cabeleireiros usam produtos muito fortes para mudar a estrutura do cabelo, enquanto o cabelo tratado é fácil de pentear, ele também se torna frágil, quebrável. Geralmente os produtos usados por cabeleireiros geralmente não causam problemas, se usados inapropriadamente ou em cabelos préviamente danificados especialmente após o uso de secador, pode ocorrer queda ou dano do cabelo. Pentear excessivamente, uso de escovas, secadores ou outros métodos como as chapinhas podem causar danos excessíveis temporários no cabelo. A maioria da perda de cabelos por tratamentos capilares, geralmente é temporário e não afeta o crescimento do cabelo novo, sem maiores problemas.

Tínea captis ou tinha do cabelo


Os fungos são os causadores, ocorrem normalmente em crianças e é contagioso. Normalmente membros da família e colegas de escola podem pegar facilmente essa infecção, especialmente por repartir escovas e chapéis. Quando ocorre, produz prurido, decamação e vermelhidão, ocorre também quebra do cabelo em sua base. Algumas vezes inflamação severa e cistos, dentro das áreas afetadas podem ocorrer. Caspa leve e severa do couro cabeludo pode ser confundida com infecção por fungos. Infecção por fungos geralmente requer muitas semanas de antifúngico oral para tratar.